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Ti Òrìs̩à ou Ty Òrìs̩à?



Primeiramente, vamos descartar o vocábulo [ty], pois o mesmo não existe no idioma Iorubá.
Para um melhor entendimento, a palavra [ti] trata-se de uma preposição que significa [de, para] em português.
Entretanto, em todas as literaturas e artigos da qual tive acesso acerca das Divindades do Panteão Iorubá, não encontrei o vocábulo [ti] inserido antes do nome de qualquer Divindade, Deidade, Entidade, Encantado, ou mesmo que fizesse menção a Forças Sobrenaturais e Míticas. Exemplos:

Ọmọkùnrin Ọlọ́run 
The Son of God 
O Filho de Deus

Ọmọ Òrìs̩à 
The Son of Orisha
O Filho de Orixá

Quando os textos mencionam que o indivíduo pertence a uma determinada divindade em questão, simplesmente o que segue após o nome é a palavra [ọmọ] seguida do nome do [Òrìs̩à], mas ainda a palavra [ti] permanece ausente.
Interessante notar que em alguns casos, o nome do indivíduo é seguido pelo substantivo Olo – Senhor, ou pelo prefixo Oní - que exprime a conotação de posse, mas sem a preposição [ti]. Por exemplo:

Ísírẹ́lì Olo Ọbatalá 
Jòhánù Oni S̩àngó 

Assim sendo, as palavras [T’] seguidas do nome do Òrìs̩à, como nos casos de T’Ògún, T’Ọs̩um e tantas outras onde o ato de suprimir a vogal [i] substituindo-a pelo apóstrofo, parece se tratar de um grande equívoco. 
Em uma colocação muito particular, o vocábulo [Ti] tornou-se uma espécie de floreio, algo para incrementar e dar um “up” ao nome do individuo. 
Acredito que todas as literaturas que tive acesso até o presente momento, passaram por alguma Revisão Ortográfica antes de serem publicadas, pelas mais diversas Editoras e Universidades. 

 Crédito Bàbá Guido Olo Ajagúnà

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