O caçador de Elefantes e o Culto do Rio

Erínlè é uma divindade iorubá cujo culto se localiza junto do rio com o seu nome, um afluente do rio Òsún que atravessa Ìlobùú, uma cidade do sul da Nigéria Ocidental, Ogbomoso e Osógbo.
Erínlè é um caçador.
Erínlè é também um guerreiro.
Erínlè é, além de tudo, um òrìsà.
O culto ao orixá Erínlè se juntou ao de Òsóòsí quando chegou ao Brasil, mas é importante a compreensão de que Erínlè é um Odé (Caçador) e não é Òsóòsí.

Erínlè quer dizer "elefante" (Erin) "na terra" (ilè) ou "terra do elefante". Seu templo principal é em Ìlobùú onde, segundo Ulli Beier, dois cultos teriam se misturado: o culto do rio e o do caçador de elefantes.
Ele recebe oferendas de acarajé, de inhames, bananas, milho, feijão assado, tudo com azeite de dendê. Seus animais sagrados incluem o Porco e o Tatu e todos os animais ligados á caça e pesca.

O culto do rio - Morando nos lugares profundos do rio, chamados ibù, é chamado Ibùalámọ. É velho e caçador,tem ligação com orixá Okô, Omolu e Osaniyn. Ibùalámo tem o poder do ìkó (palha da costa), e por isso, suas roupas são adornadas com esse tipo de ráfia. Por ser um Òrìsà da água, carrega também muito "owó eyo" (búzios). Conta o mito que Ibùalámo é o verdadeiro pai de Logun Edé. Apaixonado por Òsún e vendo-a no fundo do rio, ele atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor. Veste-se com roupas de couro, crú e marrom. Traz nas mãos o Bilalá (uma especie de chicote, com tiras de couro), o Òpá Òrèrè é de ferro,igual ao ofá que ele carregam cintura. Traz o Ogue (Chifre de boi) pendurado por correntes cruzando o corpo. Usa chapéu de couro ou um capacete de palha da costa.
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