Quando Obatalá veio para a Terra trazendo os deuses Yorubás, Exu era tido como o guardião da adivinhação, fazia revelações através da mente e inteligência de Orumilá, sendo então o porta-voz do deus da profecia. Exu - sempre muito esperto - fez um pacto com Ifá e pediu a Orumilá que transmitisse a ele o dom e o poder de profetizar sobre a vida dos homens e dos deuses.
Como Exu não trabalha de graça - cobrou-lhe favores e certos privilégios. Exu exigiu que em qualquer instância as oferendas teriam que ser servidas primeiro para ele, tudo seria feito antes dos outros deuses. Oxum, que acompanhava o pacto de Ifá com Exu e também ser companheira de Ifá, questionava-se. Tantas pessoas a consultavam e ela não podia prever, pois não detinha o conhecimento do jogo da adivinhação.
Oxum com toda sua diplomacia, queixou-se a Exu, alegando que queria ajudar as pessoas mas não podia, pois não tinha o poder de jogar. Exu então, falou com Orumilá e este permitiu o jogo de dezesseis búzios a Oxum, só que com a condição de Exu responder as perguntas dela dentro do jogo. Exu teve que exercer sua antiga função, cargo este que Exu não mais queria exercer. É por isso que os filhos de Oxum não podem descuidar das obrigações de Exu.
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