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Mostrando postagens de novembro, 2019

Òṣùmàrè – A grande serpente que surge brilhantemente

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Sem dúvidas, Òṣùmàrè é uma das mais belas, complexas e controvertidas divindades do panteão yorùbá (ou será do panteão àjèjì/àjèjè - fon?) cultuadas em nossas terras (Brasil). Já li, vi e ouvi muitas coisas a respeito deste Imọlẹ̀/Òrìṣà (Divindade Iorubá), inclusive, coisas completamente absurdas, como por exemplo o mesmo ser uma divindade andrógina (seis meses homem e seis meses mulher). Òṣùmàrè é homem. Divindade masculina (Imọlẹ̀/Òrìṣà Ọkùnrin), e não andrógina como muitos ignorantes sacerdotes declaram. E sua “parte feminina” é representando por sua esposa Ijòkú (Ejòkú) e não por Yewa como muitos acreditam. A cidade de origem desta divindade, ao certo ninguém sabe afirmar. Embora, muitos afirmem que seja Ilé Ifẹ̀, no estado de Ọ̀ṣun, na Nigéria, onde o mesmo miticamente foi um dos discípulos (àwọn ọmọ ẹ̀kọ́ṣẹ́) de Ọ̀rúnmìlà e também um grande adivinho (bàbáláwo), dentre seus principais clientes estavam Odùduwà (Olófin) e Olókun Sẹ̀níadé (esposa de Odùduwà). Divindade do

Contos dos Orixás’ transforma divindades afro em super-heróis de gibi

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Um homem negro, forte com superpoderes. Poderia ser o Pantera Negra, mas aqui é o Rei Xangô, protagonista de  Contos dos Orixás . O livro (Graphic Novel) de 120 páginas traz histórias de mitos do povo Yorubá no estilo dos heróis em quadrinhos da Marvel. O projeto do quadrinista Hugo Canuto, 32 anos, começou em 2016. Primeiro, com pôsteres e revistas. Dois anos e meio depois, acaba de ficar pronta a história em quadrinhos com narrativas cheias de ação com Yemanjá, Iansã , Oxum e outros. O lançamento será em São Paulo, no CCXP (Comic Con Experience), no São Paulo Expo, na Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, que acontece de quinta-feira (6/12) até domingo (9/12). O  Contos dos Orixás  só foi possível por um financiamento coletivo bem sucedido pela internet. Embora a campanha ainda esteja no ar até 18 de janeiro de 2019, no Catarse, o  crowdfunding  que era de 20.000 reais atingiu três vezes essa meta. Dependendo do valor da colaboração, é possível receber revistas impressas e o livro e

José Amadeu da Silva ; para os conhecidos : José Pilintra

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José Amadeu da Silva Pros conhecidos, José Pilintra.  Negro, olhos escuros como a noite e cabelos crespos.  Esse sou eu.  A muito tempo atrás andava de bar em bar e esquina em Esquina sempre se relacionando com mulheres solteiras e algumas até casadas.  Vivia na farra e por dentro a solidão me consumia.  Vim de uma família simples e humilde, trabalhei cedo pra sustentar meus pai e meus irmãos e sempre que sobrava algo ia pro cabaré mais próximo.  A dona do cabaré era a Senhora Leonor, a Famosa Maria Mulambo Rainha do Cabaré.  Uma senhora enxuta, bonita, cheirosa e bem arrumada.  Leonor sempre comprava roupas e chapéus pra mim e eu é claro, fazia loucuras de amor por ela.  A verdade mesmo Leonor não sabia, a minha maior paixão era por Maria.  A famosa Pombo-gira Maria Padilha menina do cabaré, moça de 17 anos linda , simpática e com um olhar encantador.  Maria despertou em mim um amor que nenhuma mulher conseguiu e a cada dia que se passava ela me enlouqueci