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Mostrando postagens de agosto, 2020

Ori

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A Podridão de alguém não diz respeito sobre quem é você, mas se estiver perto de ti, diz sobre o tipo de pessoa que você permite que esteja perto e que influencie - também - nas escolhas de seu Orí. Uma das primeiras observações (aprendizados) que tive de junto aos meus sacerdotes de Ọbàtálá foi: "Ande com pessoas que tenham cabeça boa, Orí bom ajuda o outro Orí a também ser bom, pois um Orí ruim influencia outros mil". E isso é uma grande verdade. Precisamos conversar sobre Orí, mas não sobre seu culto (veja só se eu sou alguém pra falar sobre isso), e sim, sobre sua filosofia e sua importância na vida de cada um daqueles que portam um Orí (todo ser humano).  Uma vez um grande ancestral (Ìyá Àgbà Nlá Stella ti Ọ̀ṣọ́ọ̀sì) me ensinou através de suas falas registradas em livros, em meios orais e afetivos, que precisamos ver o mínimo, para que possamos compreender a grandiosidade do máximo. Ela não mentiu e não esteve enganada. Vejamos só: uma formiga também possui O

Onilé

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ONILÉ Onilé é um Orixá que representa a base de toda a vida, a Terra-Mãe, tanto na vida como na morte, se caracteriza por ser o princípio e representação coletiva dos elegun e Egungun. é o primeiro a receber as oferendas e a ser evocado nos ritos dos sacrifícios. Todo terreiro possui o acento de Onilé, um deles pode ser observado no centro do Barracão de (candomblé), denominado como o fundamento da casa ou simplesmente Axé da casa, onde todos sabiamente reverenciam este local. Também chamado pelo "Povo de santo" de Oluaye, Aiyê, Ilê e Sakpatá. Em algumas tradições, Onilé é uma divindade feminina, representa a Mãe Terra (onde acolhe os ancestrais), Egungun. Conta-se que quando Olorum reuniu os orixás para dividir o poder sobre a criação entre eles, uma de suas filhas, Onilé, escondeu-se sob a terra. E acabou ganhando por este motivo poder e autoridade sobre ela. A primeira parte de todos os sacrifícios de (Ejé) sangue é sempre derramada sobre a terra, independente

Sagrado Obí

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SAGRADO OBÍ  Obi é um elemento muito importante no culto de Orisa. A noz de cola, Obi, é o símbolo da oração no céu. É um alimento básico, e toda vez que é oferecido seu consumo é sempre precedido por preces. Foi Orunmila quem revelou como a noz de cola foi criada. Quando Olodunmare descobriu que as divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de ficar claro que Esu era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro mais moderadas divindades (Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Aiye, a única divindade feminina presente), para entrarem em acordo sobre a situação .... Eles deliberaram longamente sobre o motivo de os mais jovens não mais respeitarem os mais velhos, como ordenado pelo Deus Supremo.Todos começaram então a rezar pelo retorno da unanimidade e equilíbrio.  Enquanto estavam rezando pela restauração da harmonia, Olodunmare abriu e fechou sua mão direita apanhando o ar. Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo apanhando o ar. pós isso, Ele

O Segredo do Outro

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Contam os mais velhos que, naquele tempo, Oxóssi ainda andava pelo mundo caçando. Um dia, ele encontrou um moço bem no fundo da mata virgem, completamente despido, embaixo de uma árvore enorme.  Mas Oxóssi é caçador e não é dado a  conversa comprida, nem muito menos a querer saber da vida dos outros.  Oxóssi presta atenção em todos os sinais.  Por isso, ele notou que o moço tinha ares de gente fina. Também viu um ebó que o moço tinha botado ao pé da árvore. No ebó, tinha as roupas e os pertences do moço. Tinha até uma faca, a única arma que o moço possuía. Esse moço era Otim. Acontece que Otim estava ali fugindo do meio de sua gente. Ele sempre foi arredio e não gostava de sair de casa, nem da companhia de ninguém. As pessoas viviam infernizando  sua vida. Todo mundo criticava seu modo de viver, insistindo pra ele sair de casa, passear, fazer amizades. Ele não aguentou mais aquela situação, resolveu sair escondido e se embrenhou na mata.  Otim passou uma madorna debaixo de

Maria Navalha

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MARIA NAVALHA Alguns diziam que ela era mulher de vida fácil, porém ela sempre trabalhou muito para sustentar seu irmão doente mental. Trabalhou no cais, nos mais diversos bares, botecos e Bin bocas que já existiu lá fez fama pelo seu temperamento rude e de difícil amizade, talvez, por sua vida humilde. Logo após nascer seu irmão houve complicações com o parto, vindo a falecer a Mãe, uma mulher doce e dedicada aos seus filhos e marido. O Pai, um militar muito severo, não conformado, rejeita o próprio filho e foi aí que Maria Regina das Dores, mais tarde chamada de Maria Navalha, se pôs: entre o Pai martirizado pela morte de sua amada e um filho que apresentava uma deficiência mental. Tudo isso a coagiu para uma vida de sofrimentos e angústias. Logo depois, o pai também se foi. Morreu de tristeza, pois não suportou a partida de tão doce mulher. Após seu falecimento, eles tiveram que se mudar para um lugar muito humilde. Então, Maria Navalha, com seus 14 anos, começa entender

Dia de Oxumarê

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HOJE É DIA DE OXUMARÊ! HOJE É DIA DE SÃO BARTOLOMEU! Na vertente católica, hoje comemora-se o dia de São Bartolomeu (também chamado Natanael), que foi um dos 12 primeiros apóstolos de Jesus. O nome Bartolomeu, de origem hebraica, significa Filho de Agricultor. Curiosidade: Bartolomeu só deixou de ser cético quando Filipe (seu melhor amigo) o apresentou para Jesus que disse: "Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fingimento" e essa frase é a melhor definição da qualidade deste Santo.  Foi por conta de sua extrema inteligência, influência, fé e (dizem) também por conta de sua beleza, que em 24 de agosto de 51 ele sofreu seu martírio, sendo esfolado vivo (retirada de sua pele) e ainda assim, não negou seu caminho e fé e nem mesmo morreu na ocasião, sendo então decapitado. No candomblé, ele é tido como o filho mais jovem e mais amado de Nanã e irmão de Omolu. O oroboro (serpente que morde a própria cauda) também é um símbolo que representa bem este orixá,

Yewa - a bela caçadora

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Yewa era uma exímia e bela caçadora. Sua beleza não só ofuscava os admiradores, como também cegava, devido ao veneno que ela lançava em quem ousasse lhe encarar ou lhe dar uma simples piscadela de olhos. Um dia ela encontrou Omolu e por ele se apaixonou perdidamente. Casaram-se, porém Omulu era extremamente ciumento e um dia, julgou estar sendo traído e prendeu Yewa em um formigueiro, deixando-a entregue à própria sorte. As formigas fizeram um banquete com a carne da rainha da caça e da beleza, e quando Yewa ameaçou dar o último suspiro, Omolu apareceu e a levou para casa. Yewa ficou deformada pelas picadas das formigas e seu rosto ficou feio e disforme, tomado pelas cicatrizes. Omulu a cobriu de palha-da-costa, de coloração vermelha, para que ninguém visse sua feiúra nem o repreendesse pelo castigo dado à esposa por uma simples suspeita. E assim Yewa passou ter direito a usar a palha da costa. Credito Lendas de Orixá

MÒKÁN EM DESUSO

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CADÊ O MÒKÁN? Caiu no desuso , não vejo mais em casas de camdomblé, deve estar faltando iyaôs dignos de usarem ou Yalorisàs e Babálòrìsàs que desconheçam a sua função na trajetória de seus iyaôs! Está cada vez mais raro ver iyaôs de mòkán nas casas de Candomblé. Não sei se por vergonha de demonstrar publicamente sua condição de iyaô ou por falta de conhecimento da funcionalidade do objeto sagrado, o certo é que está se tornando cada vez mais raro o seu uso. Fazer a pessoa perder a vergonha da sua condição de noviço a gente não pode, pois isto cabe ao seu zelador, mas podemos aqui explicar a função sagrada do mòkán. Quem sabe assim, entendendo sua funcionalidade, os noviços trocam suas vaidades pela proteção?  À priori, podemos dizer que o Mòkán é um colar feito de palha da costa (Ìkó), trançado, cujo as extremidades possuem duas vassourinhas de palha, uma represento o céu (Orun), e a outra representando a Terra (aiye), é uma das mais importantes insígnias do neófito no cand

A DISTINÇÃO ENTRE IRÚNMỌLẸ̀ E ÒRÌSÀ

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A DISTINÇÃO ENTRE IRÚNMỌLẸ̀ E ÒRÌSÀ Muitas pessoas confundem as duas e usam as palavras Irúnmọlẹ̀ e Òrìsà como se fossem as mesmas ou como se fossem duas palavras diferentes referentes à mesma entidade: ou seja, trocam as duas palavras como se significassem a mesma coisa. Para ser o melhor das minhas capacidades e conhecimento das coisas e da sabedoria que adquiri do meu Oluwo, estas duas palavras não são idênticas e não se referem às mesmas entidades. Irúnmọlẹ̀ são entidades criadas directamente de Olódùmarè que representam a eternidade. Não podem sentir o sabor da amargura da morte nem sofrer qualquer consequência dos seus actos ou acções porque operam sempre ao nível das leis divinas da vida. Tanto os seus nomes como as suas naturezas são divinos ou santos desde o momento da sua criação. Transcendem os níveis físico, mental, espiritual e cósmico da existência. São puramente divinos. As suas formas de pensar, perceber e agir transcendem as da humanidade e de outros seres

SÒNGÓ - Ká wòóo, ká biyè sí!

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SÒNGÓ - Ká wòóo, ká biyè sí! Podemos olhar Vossa Real Majestade? (Porque era considerado grande honra poder olhar o Oba erguendo a cabeça diante dele.)  Ó níká won nbo l’ònòn àìkàsí rè, Ó níká won ààbò l’ònòn ki won gbà èyin je Eron gùtòn, Oba kò won so, won ó pàdé l’ònòn Won níkàsí rè e, won nbo si àrá èyin a róòde ó, Bàrà won níkàsí ó ni jé kòso, àrá èyin a róòde ó Bàrà won níkàsí ó ni jé kòso, àrá èyin a róòde... Ele contou os que caíram no caminho, por desrespeitarem-no Ele contou os que ele abençoou no caminho, que lhe deram de Comer carne de carneiro. Ele os governa, e eles o encontram No caminho e rendem-lhe seus respeitos, eles Cultuam o seu raio quando este os circunda; no bàrà, eles vão apresentar seus respeitos àquele que foi coroado. Vosso raio ao redor; no mausoléu real Eles vão apresentar seus respeitos, àquele que foi coroado. Templo de Ifá Agbonniregun